Oboé

Sopro

Instrumento musical de sopro de palheta dupla da família das madeiras. O seu nome deriva da palavra francesa “hautbois”. O corpo do oboé divide-se em três secções, é feito geralmente em ébano e tem formato ligeiramente cónico terminando num pavilhão pouco pronunciado.

As notas graves do oboé são densas e ricas; as mais agudas, rarefeitas e penetrantes. O som do oboé é nasalado, caracteristicamente mais áspero quando comparado com o timbre claro e aberto da flauta. O oboé é capaz de grande variedade de timbres. Em melodias lentas, o oboé tende a soar melancólico. Mas o oboé pode executar melodias alegres, com um timbre cortante e mordaz.

O oboé parece ter surgido em meados do séc. XVII. A primeira referência que hoje se conhece é a da ópera Pomone de Cambert (1671) onde há uma parte de “Hautbois”. O repertório para oboé inclui também concertos por Haendel e K.P.E. Bach. Entre a 2ª metade do séc. XVII e o fim do séc. XVIII a utilização do oboé alargou-se a toda uma Europa muito receptiva à música e aos músicos franceses. No início do séc, XVIII o oboé era utilizado em qualquer género musical, tendo sido um dos períodos em que mais se desenvolveu o seu repertório. Durante o séc XIX o oboé enfrentou a mais importante série de modificações que influenciaram o modo de execução do instrumento e o adaptaram à estética musical da época, permitindo-lhe maior lirismo e virtuosismo.

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